domingo, setembro 21, 2008

O Caos

"Será que eu sou importante?"

A importância é algo constantemente questionada por todos. Ninguém sabe o que dizer, uma hora você é feliz consigo, a outra não! Vamos chegar num consenso? 

Ser feliz com sua existência é simplesmente saber que estamos vivos, independe da condição. Todos temos uma razão para existir, e não é um cargo ou bens possuídos que definem esta razão. Eu falo aqui da capacidade que uma vida tem de influenciar o meio o qual ela pertence! O questionamento é normal, e você pode não acreditar, mas se aplicarmos um pouco da "Teoria do Caos" nas nossas vidas, podemos tirar conclusões positivas!

Vamos supor a seguinte situação:

Você certamente já planejou algo do tipo: "amanhã à tarde irei à casa de fulano para irmos a praia". Então você acorda com um belo dia ensolarado mas aos poucos o céu fica completamente nublado, mesmo com a previsão meteorológica: "Fim de semana com sol durante o fim de semana em todo o Estado".

Se eu lhe disser que o que aconteceu de inesperado em seu dia é culpa do "caos", você deverá concordar comigo e até mesmo dizer que o clima mundial é realmente um caos. Pois bem, vamos nos deter um pouco nesta palavra:caos. Ela era usada pelos gregos  significando vasto abismo ou fenda. A palavra também alude ao estado de matéria sem forma e espaço infinito que existia antes do universo ordenado, suposto por visões cosmológico-religiosas. E, finalmente, o sentido mais usual de caos: desordem, confusão.

Você poderá ficar triste e dizer: devido a esta desordem do caos, nunca saberei quando o clima estará propício a ir à praia. Mas e se eu lhe disser que por trás desta desordem climática há uma ordem escondida?

Assim, a teoria do caos não é uma teoria de desordem,  mas busca no aparente acaso uma ordem intrínseca determinada por leis precisas. Além do clima, outros processos aparentemente casuais apresentam certa ordem, como por exemplo o quebrar das ondas do mar, crescimento populacional, arritmias cardíacas, flutuação do mercado financeiro, etc...

Talvez isto seja animador, mas você ainda deve saber que em situações onde aparentemente há ordem, como por exemplo o movimento de um pêndulo de relógio cuco, um pouco de caos ainda subsiste. Esta é a teoria do caos: há ordem na desordem e desordem na ordem.

Essa teoria foi desenvolvida na década de 60, pelo metereologista Edward Lorenz. Como todo mundo sabe, é muito difícil fazer uma previsão de tempo a longo prazo, ainda que possamos isolar muitos dos fatores que causam as mudanças. Lorenz, como outros, pensava que tudo o que era preciso para uma melhor previsão era um modelo mais abrangente. Então, escreveu um programa baseado em doze equações simples que em linhas gerais modelava os principais fatores que influenciam o tempo.

Lorenz descobriu algo surpreendente: pequenas mudanças ou pequenos erros em um par de variáveis produziam efeitos tremendamente desproporcionais. Para um período de uns dois dias, elas mal faziam diferença; mas extrapolando-se para um mês ou mais, as mudanças produziam padrões completamente diferentes. Lorenz chamou sua descoberta de "efeito borboleta", tirado do título de artigo que ele publicou em 1979:

  "Previsibilidade: pode o bater de asas de uma borboleta no Brasil desencadear um tornado no Texas?"

Em outras palavras: fatores insignificantes, distantes, podem eventualmente produzir resultados catastróficos imprevisíveis? 

Pense nessas últimas perguntas que você obterá a resposta da pergunta proposta no ínicio do post.


Abraços!


Curiosidades: http://www.geocities.com/inthechaos/veja.htm

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